A estreia do tão aguardado filme Barbie está movimentando as redes sociais dos públicos de todas as idades. Por décadas, essa icônica boneca representou o ideal de beleza e perfeição estética, mas hoje, a Barbie está liderando uma verdadeira revolução, trazendo uma mensagem de inclusão, empoderamento e humanização para o contexto das mulheres reais, desmistificando a ideia de mulher perfeita. Hoje, é possível encontrar a boneca em diversas facetas, o que pode nos levar a supor que, sim, a Barbie também é uma mulher que menstrua.
Ao longo dos anos, a boneca mais famosa do mundo passou por uma transformação significativa, oferecendo uma variedade de tons de pele, tipos de corpos, texturas de cabelo e habilidades profissionais. Essa diversidade reflete a realidade das mulheres reais, que são únicas em suas características e experiências, e sendo agora mais inclusiva, poderá cada vez mais quebrar tabus e abrir espaço para discussões necessárias.
Como parte da vida das mulheres, é preciso falar mais sobre a menstruação, que merece ser tratada como algo normal, sem estigmas para que todas as pessoas que menstruam possam ter dignidade menstrual e que não deixem de viver nenhum momento por conta dessa experiência biológica natural.
Raissa Asmann Kist, fundadora da marca Herself, que luta pela igualdade menstrual, enfatiza a importância de chamar a atenção para esse tema: “Durante muito tempo, a menstruação foi um tabu na sociedade, uma parte da vida das mulheres que era escondida e ignorada. A figura da Barbie desmistificando a ideia de mulher perfeita e trazendo a mulher real, é uma forma de podermos refletir sobre como todas as experiências femininas são válidas e merecem ser celebradas, incluindo a menstruação, que deve ser reconhecida como parte importante da jornada de cada mulher”, afirma Kist.
A mensagem que a Barbie está transmitindo é clara: todas as mulheres são empoderadas e bonitas, independentemente de sua aparência física ou de suas condições naturais, como o ciclo menstrual. A mensagem que essa revolução da boneca traz, é o incentivo a meninas e mulheres se sentirem confortáveis e confiantes em sua própria pele, a abraçarem suas características individuais e a rejeitarem os padrões irreais de beleza impostos pela sociedade.
Se a Barbie existisse de verdade, ela teria por volta de seus 64 anos e se a história acompanhasse as etapas de idade da boneca, muito provavelmente, hoje ela estaria na menopausa, outro assunto envolto de preconceitos no universo da mulher. “Se a Barbie abrir espaço para pensarmos nessas mulheres reais, ainda mais levando em consideração que ela foi criada em 1959, podemos, então, sim, pensar na menopausa como um processo natural e uma etapa importante na vida da mulher, que se estiver munida de informação estará preparada e empoderada para esse período, diz Márcia Cunha, psicanalista e CEO da Plenapausa, primeira femtech focada na saúde da mulher a partir da menopausa.
É essencial refletir sobre o impacto que a Barbie tem na representação feminina e na autoimagem das mulheres. Ela está desafiando o status quo, lembrando-nos de que todas as mulheres são belas, poderosas e dignas, independentemente de qualquer ideal imposto.