Morto, Gabriel O Pensador compõe com Moraes Moreira e Aldir Blanc, encontra o amigo Eduardo Galvão, brinca com o menino Henri e avista Paulo Gustavo acompanhado de milhares de vítimas da pandemia. O pesadelo que proporciona esses encontros descreve também cenas horríveis.
“Patriota Comunista” chega às plataformas digitais nesta quarta-feira (21) e tem produção do beatmaker Dree e do irmão de Gabriel, Thiago Mocotó. O trap traz ainda uma citação de Fita Amarela de Noel Rosa, nos vocais de Udi Fagundes. É, ao mesmo tempo, uma crítica veemente e um chamado.
“As pessoas se impressionam como músicas que compus a partir de 1992 continuam com mensagens atuais. ‘FDP’, ‘Pega Ladrão’, ‘Até Quando’, ‘Nunca Serão’, ‘Chega’ entre outras, compostas em décadas diferentes, podem ser cantadas hoje e, se continuarmos assim, daqui a dez anos pode ser ainda pior. Opressão, censura, descaso com a vida e o meio ambiente, racismo, preconceito e discriminação em geral são males que sempre combati nas minhas composições. Infelizmente, são tão recorrentes que absurdos chegam a ser aceitos com algo normal”, comenta Gabriel.
“Muitos pediram para eu fazer ‘Matei o Presidente 3’. Mas o meu desabafo vai além. É uma crítica que inclui a reflexão sobre atitudes e ‘posicionamentos’ de (des)governantes e (des)governados. Onde a nossa compaixão virou egoísmo, onde nossa solidariedade virou ódio, onde a gente está se perdendo?”, finaliza o rapper.
Inteiramente gravado em um cemitério, o videoclipe mostra políticos brindando sobre as lápides com leques de dinheiro nas mãos, e conta com direção de Fabio Masson e Victor Barão.