No mercado atual de beleza, a busca por produtos capilares seguros e eficazes tem se destacado como uma prioridade para muitas marcas. Conscientes das preocupações dos consumidores em relação aos componentes presentes em tinturas de cabelo, diversas empresas têm focado em desenvolver formulações que ofereçam tanto resultados estéticos, quanto segurança para os usuários. Nesse sentido, saber quais compostos devem ser evitados é essencial, visando a reparação e proteção capilar.
“A hipoalergenicidade tem se destacado como um critério essencial para muitos consumidores”, pontua Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, marca de cosméticos hipoalergênicos. Para a especialista, redes comprometidas com a segurança e bem-estar de seus clientes têm investido em testes dermatológicos rigorosos no intuito de garantir a tolerância dos produtos por parte de indivíduos com sensibilidades cutâneas, como foi o caso de seu empreendimento. “A aprovação da coloração SensiColor em todos os testes e laudos exigidos pela ANVISA para produtos hipoalergênicos reflete esse compromisso, oferecendo uma opção confiável para aqueles que buscam evitar reações alérgicas”, acrescenta.
A profissional completa que é importante que o consumidor teste o produto, com uma forma de assegurar a segurança de seu uso. “Os itens hipoalergênicos apresentam uma menor tendência a manifestar reações. Entretanto, como cada corpo reage de uma forma diferente, realizar esse segundo teste é essencial”, conclui Lazaretti.
Abaixo, confira os elementos indicados por Julinha que devem ser evitados em fórmulas de coloração capilar.
Parafenilenodiamina (PPD)
A Parafenilenodiamina (PPD) é comumente utilizada em tinturas capilares devido às suas propriedades de coloração. No entanto, esta substância é conhecida por ser um sensibilizador cutâneo potente, podendo desencadear reações alérgicas severas, desde irritações na pele até inflamações graves.
Amônia
A presença de amônia em tinturas capilares é comumente ligada a abertura das cutículas do cabelo, permitindo que os corantes penetrem mais profundamente. Porém, seu uso deve ser evitado, uma vez que a amônia é altamente alcalina e pode enfraquecer os fios, tornando-os mais suscetíveis à quebra e ao ressecamento.
Vale ressaltar que a exposição frequente ao composto pode causar irritação no couro cabeludo e até mesmo contribuir para problemas como a dermatite seborreica.
Pirogalol
O Pirogalol é um componente que, apesar de ter propriedades antioxidantes, tem sido associado a reações alérgicas na pele e no couro cabeludo, podendo causar irritação e inflamação.
Resorcinol
Conhecido por ser um irritante cutâneo, o resorcinol pode desencadear reações alérgicas, incluindo vermelhidão, coceira e descamação. O composto pode causar efeitos nocivos na saúde capilar, como enfraquecimento dos fios e ressecamento excessivo.
Perfume
Embora o perfume possa conferir um aroma agradável às tinturas, sua presença deve ser evitada. As fórmulas utilizadas em produtos capilares muitas vezes contêm uma variedade de compostos químicos que podem ser irritantes para a pele sensível, causando reações alérgicas, coceira e irritação. Além disso, alguns dos ingredientes dos perfumes podem ser absorvidos pelo couro cabeludo e pelo cabelo, podendo causar danos a longo prazo.