As manchas na pele são mais comuns do que imaginamos e podem ser ocasionadas por diversos fatores como exposição solar, picada de insetos, acne, cicatriz, queimadura, alteração hormonal, aplicação de Peeling agressivo entre outros.
Segundo a esteticista dermaticista Patrícia Elias, especialista em hipercromias, a hiperpigmentação ocorre quando os melanócitos, que são células que produzem melanina, pigmento que confere a cor e proteção da pele, sofrem algum estímulo. A boa notícia é que existem muitos tratamentos para essa alteração. Confira as dicas da especialista para cada situação!
1. Manchas de acne, machucados e picadas de inseto
“Estes tipos de manchas acontecem devido a uma inflamação que resulta em lesões e depósito de melanina e Hemossiderina na pele durante a fase de hiperpigmentação pós-inflamatória. Além disso, quando há a ruptura da pele e o extravasamento de sangue para aquela região, há a presença de ferro que oxida a região e causa manchas”, explica.
Os tratamentos profissionais incluem o peeling químico e físico, que esfoliam a camada superficial da pele, gerando uma renovação celular que elimina as células manchadas para dar espaço a uma nova camada. Outra indicação é o jato de plasma que também é uma técnica ideal para remover o excesso de melanina depositada na pele, além da luz pulsada e o microagulhamento. “O procedimento indicado varia de acordo com a idade da pessoa, tipo da pele, tempo da mancha e profundidade das marcas”, complementa Patrícia Elias.
Há também alternativas de tratamentos caseiros que não anulam de nenhuma forma o tratamento feito em clínica. Neste caso incluem o gel de babosa, que possui propriedades naturais antibióticas que ajudam no processo de regeneração da pele e deve ser aplicado com a ponta dos dedos em movimentos circulares todas as noites. “Uma alternativa também é a máscara de argila branca que, além de calmante, também possui propriedades desintoxicantes e deve ser misturada com água filtrada ou gel de babosa, deixando agir por cerca de 20 minutos uma vez por semana”, acrescenta Patrícia Elias.
A dermaticista recomenda o uso da Vitamina A, que é uma ótima aliada no processo de regeneração celular e atua efetivamente no clareamento das manchas. “É extremamente importante não utilizá-la no sol ou em combinação com retinóides”, alerta.
2. Manchas causadas pelo sol ou limão e manchas escuras nas axilas e virilhas
A diferença desses tipos de manchas se dá principalmente por causa do sol, atrito e calor ou contato com fruta cítrica causando fitophotodermatite. “As manchas causadas pelo sol acontecem porque os raios solares são um dos principais causadores de hiperpigmentação devido ao seu poder de produção de melanina. No caso do limão, acontece devido à combinação do ácido com o calor, gerando uma inflamação e, consequentemente, hiperpigmentação da pele. Já as manchas nas axilas e virilha, por outro lado, são consequências do atrito e calor da pele ”, explica Patrícia.
Entre os tratamentos que ajudam a clarear esses tipos de manchas e melhorar o aspecto da pele está o microagulhamento, luz intensa pulsada, ozonioterapia, ledterapia e peelings químicos específicos. “O microagulhamento é ótimo aliado para tratar as manchas e estimular a produção de colágeno da pele. A luz intensa pulsada, que trabalha diretamente nos locais que existem mais melanina, promove uma coagulação que renova a área, clareando manchas. A ozonioterapia também é recomendada com o intuito de melhorar a qualidade da pele e ajudar a dispensar o pigmento”, esclarece.
Para tratar em casa, o óleo de rosa mosqueta é uma ótima opção devido a sua ação antioxidante, anti-inflamatória e renovadora, o que ajuda no tratamento de manchas e age na saúde da pele. Basta aplicar algumas gotas diretamente sobre a pele, massageando com movimentos circulares suaves durante 2 a 3 minutos de 1 a 2 vezes por dia. “Também recomendo o chá de aroeira por possuir propriedades que inibem enzimas que aumentam a melanina da pele. Basta aplicar a bebida morna em uma gaze e deixar agir no rosto por 20 minutos todos os dias”.
3. Melasma
O melasma, problema que afeta de 15 a 35% das mulheres brasileiras, é uma hiperpigmentação da pele devido ao excesso de depósito de melanina, resultando na formação de manchas castanho-escuras ou marrom-acinzentadas, com limites bem demarcados e formato irregular. A exposição ao sol ou calor é a principal causa que intensifica o aparecimento das manchas. Porém o fator principal que desencadeia essa patologia de origem genética é a alteração hormonal.
No consultório a indicação fica para o peeling químico,laser não agressivo, a luz intensa pulsada, o microagulhamento, a aplicação de plasma injetável e muitas outras técnicas.
É possível tratar o melasma também com cremes clareadores com Vitamina C, retinol, ácido glicólico, mandélico, kójico tranexâmico e alfa arbutin. Usar substâncias com ação calmantes e antioxidantes também ajudam na recuperação da qualidade da pele. Outra opção é utilizar argila branca ou dolomita misturada com gel de babosa e uma gota do óleo essencial de palmarosa. “É importante não se expor ao sol durante o tratamento. O melasma é uma mancha difícil e requer muito cuidado, por isso, é sempre importante procurar um profissional qualificado e especialista em hipercromias para indicar o tratamento adequado”, finaliza.