sábado , 23 novembro 2024
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Missão, propósito, presente: o que o filme “Soul” tem a ensinar

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Foto - Soul (Disney)

(*) Por Mônica Moraes Vialle 

“O que você está fazendo da sua vida?”, “qual o seu propósito?”, “qual a sua missão?”. Esses questionamentos poderiam muito bem ser feitos pelo seu coach ou durante uma profunda análise terapêutica, mas também são o mote do filme Soul, nova animação da Pixar. Um filme imperdível para quem quer inspiração, divertimento e também não se importa em derrubar algumas lágrimas.

O filme promove uma viagem para dentro de nós mesmos ao contar a história de um professor de música de meia idade, que finalmente alcança o sonho de entrar para uma renomada banda. No entanto, a vida é cheia de imprevistos e nada pode ser calculado. Como a morte. É ela quem surpreende o professor antes de seu primeiro show.

É “além da vida” e conhecendo uma alma perdida que ele descobre mais sobre propósito, missão e a importância de valorizar o presente e as pequenas coisas. Ao longo do filme, as frases questionadas levam o espectador a pensar sobre a própria motivação.

“Sua missão nem sempre é o seu propósito”, “o propósito não é nosso motivo da vida” e outras frases ditas pelos personagens provocam um verdadeiro turbilhão de questionamentos.

Uma das histórias contadas de forma bem sutil no filme também nos faz pensar. Como a máxima do peixe que pergunta ao ancião onde está o oceano: “Você está nele”, responde o velho. “Mas isso é água. Eu procuro o oceano”, devolve o peixe.

Uma metáfora para o ser humano que passa a vida a procurar a sua missão e seu propósito e esquece de viver o presente, de olhar para o céu, de ver a beleza das flores, de sentir o quentinho de um abraço.

O filme explora conceitos fundamentais da natureza humana, além de abordar o funcionamento do universo. Afinal, assim como peixe que procura o oceano enquanto está na água, estamos sempre em busca de algo que não temos enquanto VIVEMOS. O filme não chega a entrar em questões religiosas e nem é essa a proposta.

Soul pode ser definido como uma provocação ao nosso lado mais íntimo e verdadeiro. E a partir desses questionamentos podemos mais do que apenas fazer perguntas. Podemos buscar respostas ao nosso real objetivo da vida.

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