Nos últimos anos, o turismo tem sido um dos setores mais movimentados do mundo. Apenas para ilustrar, o número de viajantes triplicou no primeiro semestre de 2022, conforme dados Organização Mundial de Turismo (OMT). Portanto, houve alta de 60%, no comparativo com 2019, o último ano antes da pandemia da Covid-19.
Trazendo para a nossa realidade, o Brasil teve 12,3 milhões de viagens, segundo divulgado pela PNAD Contínua Turismo. Em relação a viagens internacionais, o volume quase dobrou em 2022, atingindo 43%, de acordo com pesquisa.
Se você quer fazer a sua primeira viagem internacional e evitar surpresas e dores de cabeça, separamos 9 dicas que farão a diferença durante a sua jornada.
1. Planejamento da viagem
O ponto de partida é tirar o passaporte. Sem a existência do documento, viagens para Europa, Estados Unidos e Austrália, por exemplo, serão impossíveis. Além disso, alguns países, como os EUA, exigem que turistas tirem o visto para ingressar ao país.
No que diz respeito a questões sanitárias, o Ministério da Saúde recomenda que os viajantes atualizem a situação vacinal, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Para saber quais países exigem vacinas, basta acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que disponibiliza uma lista completa.
Saber qual é a moeda em circulação no destino escolhido também é fundamental. Depois de descobrir a moeda utilizada por lá, o próximo passo é realizar a troca. Especialistas recomendam a compra de tempos em tempos, para garantir uma cotação média. E, claro, a casa de câmbio deve ser confiável, com tradição no ramo.
A adesão do seguro viagem é mais um fator de extrema importância para evitar surpresas e dores de cabeça durante o passeio. Em caso de emergências médicas e hospitalares, acidentes, perda de documentos ou extravio de bagagens, a seguradora dará toda a assistência necessária aos beneficiários.
Além de minimizar problemas, o seguro viagem é sinônimo de economia, pois diversos países não possuem sistema de saúde pública. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma simples consulta médica custa de 200 a 300 dólares. Se houver a necessidade de chamar a ambulância, o turista precisa desembolsar entre 400 a 1.200 dólares, desconsiderando o atendimento médico.
2. Escolha do destino
Durante a escolha do país, vários aspectos devem ser considerados: clima, cultura, idioma e custo de vida.
Começando pelo clima, se você não gosta de frio, evite a Europa entre dezembro e março, quando acontece o inverno. O calor aparece no Velho Continente entre junho e setembro, época marcada pelo verão.
Outra estratégia é escolher destinos onde faz calor o ano todo, como Santorini (Grécia), Alice Springs (Austrália), Ilhas Canárias (Espanha) e Punta Cana (República Dominicana).
Por outro lado, se a ideia é curtir o inverno, opte por Aspen (EUA), Ushuaia (Argentina), Innsbruck (Áustria), Toronto (Canadá).
Sem esquecer da cultura local. As tradições e costumes variam bastante, dependendo do destino. Brasileiros que viajam para países muçulmanos, percebem logo de cara uma série de diferenças. É preciso conhecer e respeitar os hábitos locais.
Em relação ao idioma, é recomendável aprender uma língua secundária para se comunicar. A mais indicada é a inglesa, considerada como a língua universal. A comunicação é facilitada em países que têm o português ou o espanhol como língua oficial.
3. Compra de passagens aéreas
Se você quer economizar com as passagens aéreas, tente limpar os dados de cache e cookies do seu navegador. Ou até mesmo faça buscas por meio de uma aba anônima, para evitar que o histórico fique registrado.
Tente pesquisar em horários alternativos, como durante as madrugadas. E lembre-se: quanto maior for a antecedência, menor será o preço. Portanto, se programe e não deixe as passagens para a última hora.
A escolha da companhia aérea, muitas vezes, depende do valor das passagens. Porém, você também deve observar a pontualidade da empresa, a qualidade do serviço de bordo e de seus aviões, histórico de reclamações e experiência de outros viajantes.
Sobre as bagagens, existem dois tipos: despachadas e de mão. A primeira vai no porão do avião, podendo ser acessada só depois de chegar ao destino. Já a de mão pode ser levada junto ao passageiro na cabine. O limite de peso e tamanho depende da companhia aerea, cada uma possui as suas próprias regras sobre o assunto.
Para evitar roubos e perdas, identifique a sua bagagem, coloque cadeados ou insira um gadget de localização. Furtos de malas são cada vez mais recorrentes, portanto, previna-se.
Por fim, o processo de check-in também merece atenção para evitar atrasos. É possível realizar o procedimento no próprio aeroporto, horas antes do voo decolar. No entanto, o check-in online é o mais indicado. Evita filas e reduz a possibilidade de perder o avião.
4. Hospedagem
A escolha da acomodação é fator chave na viagem. É a diferença entre um passeio memorável e uma viagem para se esquecer. Para definir a hospedagem ideal, você precisa elaborar uma lista, considerando:
- Objetivo da viagem;
- Opinião de viajantes que já ficaram no hotel ou pousada;
- Localização;
- Fotos das acomodações;
- Pacotes;
- Limpeza e atendimento;
- Promoções.
A maneira para conseguir preços baixos é reservar com antecedência. Adquirir acomodações perto da data do check-in costuma ser caro.
Além disso, você necessita se atentar à localização do hotel ou pousada. Opções localizadas a quilômetros das principais atrações da cidade podem comprometer todo o cronograma e também exigem gastos adicionais com transporte.
5. Alimentação
Os gastos com alimentação dependem, e muito, do destino escolhido e das opções escolhidas. Mas você pode economizar com essas dicas:
- Almoço em restaurantes costumam ser mais baratos, se comparados com jantares;
- Peça vinho e água da casa, que é gratuita;
- Restaurantes de comidas típicas, quase sempre localizados em bairros de imigrantes, costumam ser mais baratos;
- Vá a mini mercados ou lojas de conveniência, ao invés de optar por cafés e lanchonetes.
6. Transporte
Você pode escolher diversas maneiras de se locomover durante a viagem. Tem gente que preferia ter autonomia, alugando um automóvel. Já outros não se importam em utilizar o transporte público. Para economizar, a segunda opção é a mais recomendada.
Pode não ser a mais prática, em certos destinos, mas garante gastos exorbitantes. É fundamental pedir dicas no centro de informações, no hotel ou a moradores para definir a rota mais eficiente e econômica.
Quem busca alugar um automóvel deve se atentar às regras de trânsito do país e às autorizações para dirigir em terras estrangeiras. E, lógico, necessita tirar a Permissão Internacional para Dirigir, emitida pelo Detran.
7. Comunicação
Apenas 9 países, incluindo o Brasil, tem o português como língua oficial. Portanto, a nossa língua pode ser pouco útil em diversos continentes. O ideal é saber, o básico, das línguas mais faladas no mundo: inglês e espanhol.
Em viagens para destinos onde não se fala inglês ou espanhol, o ideal é conhecer a língua local. Na Rússia, por exemplo, o inglês não ajudará em muita coisa. O mesmo vale para o Japão e países do leste europeu.
Uma saída é utilizar aplicativos de tradução, como Google Tradutor, Skype Translator, Travel Translate e iTranslate Voice. Não tenha medo de consultar o celular na hora de pedir informações.
8. Segurança
Todo cuidado é pouco durante viagens internacionais. Por isso é necessário guardar os pertences com sabedoria e ter atenção com malas, principalmente no aeroporto. Além disso, é sempre bom ter fotos e registros das bagagens. Todas devem ter identificação e cadeado.
Em relação aos documentos, leve sempre uma cópia de cada um deles, para não ficar de mãos abanando no caso de perdas e furtos. E jamais confie seus documentos e pertences a estranhos.
Outro método eficaz para garantir a segurança em outros países é contratar o seguro viagem. Como citado anteriormente, o serviço garante toda assistência necessária em cenários adversos e situações emergenciais.
9. Retorno ao Brasil
Além de se precaver antes e durante a viagem, você também deve seguir uma série de cuidados em meio ao regresso. A atenção com as bagagens na hora da retirada das esteiras é vital. Ladrões aproveitam o momento para o furto.
A declaração de bens também é parte importante. Ao retornar ao Brasil, os viajantes devem declarar corretamente os bens à Receita Federal. Omissão ou falsas declarações são passíveis de multa, muitas vezes salgadas.