Os personagens Kelvin e Ramiro, da novela “Terra e Paixão“, estão na boca do povo e fazendo muito sucesso ao apresentar ao público, de forma sensível, leve e até mesmo engraçada, uma linda relação de amizade, carinho e afeto. É diante da interação desses personagens, que são totalmente diferentes um do outro – um “bruto”, com dificuldade de se relacionar ou expressar os sentimentos, e o outro assumidamente gay , com amor platônico pelo amigo – que vemos como pessoas com diferentes personalidades podem se completar e construir uma relação verdadeira e amorosa.
“O caso deles é muito bom de se analisar, principalmente por terem personalidades diferentes, embora na teledramaturgia. Um está descobrindo um possível amor e o outro convive com seu amor platônico. O amor verdadeiro é leve, claro e, independente da forma como se manifesta, deixa sinais, seja com afeto, brincadeiras, cumplicidade ou até mesmo considerando a vontade de estar perto, ouvir ou confidencializar sentimentos”, diz Henri Fesa, médium especialista em relacionamentos.
Por se tratar de uma possível relação homoafetiva, existe um processo de aceitação a ser superado por Ramiro, condição que pode ser confirmada ou negada no decorrer da novela. Enquanto isso, nos divertimos com a atuação dos dois que, sem dúvidas, cria representatividade na sociedade e ajuda a combater preconceitos, principalmente por se tratar de uma amizade de um homem “hétero” e másculo com um outro homem gay e afeminado, relação que, com a introdução de outros contextos, acaba sendo normalizada, o que é muito importante.
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Com os dois, é possível entender que diferenças não, necessariamente, atrapalham as relações, que o amor pode ser decifrado de formas distintas e que a aceitação delas ajuda a construir uma relação de amor e companheirismo. “Para viver o amor, é preciso abrir espaço para conversas honestas e ouvir com empatia, criando tempos de qualidade a todo momento”, conclui Fesa.