O ato de trançar o cabelo é mais do que um código estético, é herança de uma história de resistência, resiliência e ancestralidade para a população negra. Este ato é geralmente transmitido por mulheres de geração para geração e o aprendizado da técnica é feito através da observação. A representatividade presente no ato é um dos temas do documentário “Trançatlânticas” da produtora auiovisual e cultural maranhense Explana Mermã, que está disponível na plataforma Globoplay.
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“Trançatlânticas” é um documentário cheio de cores, sons e formas urbano-quilombo-quebrada, onde 5 mulheres jovens e de periferia dão o tom de uma conversa-caminho. Cenas do cotidiano se misturam a lapsos no espaço, invocando o encantamento dos sentidos. Entre as raízes ancestrais do trancismo, representação identitária, empoderamento econômico e manifestação artística, um universo potente se revela. É um convite para pensar sobre autocuidado, auto realização, independência financeira, lugar no mundo e rotas que tornam tudo isso possível.
Dirigido por Isabela Leite e produção executiva de Louyse Silva, a obra audiovisual põe em tela trancistas que tra(n)çam caminhos coletivos e mostram a história de poder por trás da estética. Espiral de falas, poesias recitadas, cabelos sendo trançados, cenas da correria do dia a dia e salões de beleza conquistados com muito esforço.
As trancistas Eudi Melo, Bia Kellen e Mariama; a cantora dama do reggae Célia Sampaio; e a poeta Débora Melo estrelam no elenco do documentário, mostrando o paralelo entre cabelo, ancestralidade, vivências e afeto, direto da periferia de São Luís-MA.
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O documentário “Trançatlânticas” foi incentivado pelo edital “Curtas Futura + co.liga”, uma realização da Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura e parceria com a co.liga, escola virtual de economia criativa que tem o objetivo de promover a inclusão produtiva de juventudes brasileiras em situação de vulnerabilidade econômica e social. A principal proposta do edital era contribuir para a capacitação dos interessados no setor, criando ainda um espaço onde as juventudes possam ter vozes para expressar suas pautas por meio da arte visual. A banca avaliadora selecionou 30 propostas, e cada um dos projetos recebeu R$ 12 mil para a produção do filme.
“Trançatlânticas” estreia dia 27 de janeiro no catálogo do Globoplay.