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Crente pode ser famoso?

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Em 1975, Bill Hybels fundou a Igreja Comunidade Willow Creek, no Estados Unidos. Usando técnicas de marketing para atrair pessoas em busca de uma vida espiritual, a congregação teve um crescimento estrondoso, alçando o seu líder religioso ao status de celebridade evangélica nacional. Até que, em 2018, um escândalo sexual levou Hybels a renunciar ao posto de pastor supremo da Willow Creek, consternando milhares de fiéis.

A jornalista e editora Katelyn Beaty reuniu essa e outras histórias de cristãos famosos sucumbindo às tentações da celebridade e riqueza no livro Fama, Dinheiro e Influência, lançamento da Editora Mundo Cristão. Referência em tendências religiosas, a autora apresenta casos de assédio sexual e moral, ostentação financeira e condutas impróprias de líderes e personalidades evangélicas que caíram em descrédito. A partir destes exemplos, ela analisa o impacto dos escândalos na experiência religiosa individual dos fiéis e na credibilidade das igrejas, abalada pelo forte vínculo das congregações com estas personalidades.

O livro retoma as origens do culto à celebridade no âmbito religioso, desde as primeiras associações das igrejas com o rádio no começo do século XX até a popularização da evangelização através das redes sociais nos dias atuais. Com base nessa relação, diagnostica como a fama, o dinheiro e a influência ganharam a primazia sobre outros preceitos cristãos, como a humildade e a caridade.

Graças ao declínio da religião no Ocidente, as igrejas estão cada vez mais vazias. No entanto, o anseio por transcendência está mais forte do que nunca. Aquilo que os seres humanos do passado encontravam no culto tradicional, em organizações fraternas, na família e na comunidade local hoje procuramos, em parte, no consumo, das imagens de pessoas que não conhecemos e que jamais teremos como conhecer. 
(Fama, Dinheiro e Influência, p. 26)

 A obra é um alerta sobre a necessidade de uma visão mais consciente e responsável sobre estes cristãos famosos, sejam eles líderes religiosos, atletas, músicos, atores ou até mesmo empresas.  Denuncia também os riscos que a estreita relação entre igrejas e celebridades evangélicas oferece à reputação destas instituições e, por consequência, da sua mensagem cristã.

Para Beaty, a fama deve ser mantida em seu lugar, longe da experiência religiosa de milhões de pessoas. Ela propõe uma visão renovada da fidelidade não midiática, reforçando laços reais de comunidade, pertencimento e identidade, que permitam viver a fé cristã em sua plenitude e longe dos holofotes.

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