sábado , 4 maio 2024
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Entenda a endometriose e a SOP, doenças que podem (ou não!) acometer a jovem atriz Larissa Manoela

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A jovem atriz Larissa Manoela, de apenas 21 anos, publicou em sua conta do Twitter, hoje, que, além de já saber ser portadora de endometriose, apresentou cistos nos ovários – o que levou diversos sites a publicarem que a moça sofre também de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). O post de Larissa Manoela disse:

“Ontem, através de um ultrassom detalhado, eu descobri que, além de endometriose, eu tenho também ovário policístico. Não é fácil ser mulher.”

Como interpretar o caso de Larissa Manoela?

A ginecologista, obstetra e mastologista Mariana Rosario diz que, apenas pelo relato da atriz Larissa Manoela, não é possível identificar se ela sofre de endometriose e de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) ou se ela apresenta a endometriose e, no ultrassom, também apareceram cistos ovarianos. E isso, segundo a médica, tem uma grande diferença. “Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas. Por isso, ter cistos nos ovários não significa que a mulher tenha a Síndrome dos Ovários Policísticos. Basear-se apenas em uma alteração no ultrassom para fechar esse diagnóstico é prematuro, porque ele envolve muitos outros fatores”, diz.

Ela comenta que os cistos nos ovários costumam aparecer em função do aumento da testosterona e por influência da insulina, que deixa a membrana dos folículos ovarianos – local onde o óvulo se desenvolve – mais grossas. Em função disso, quando o folículo vai maturar, ele não consegue romper essa membrana devido ao aumento da grossura da dela, e, assim, a mulher não ovula. Quando não há essa liberação do óvulo, fica um líquido dentro do folículo e ele origina um cisto. “Ter cistos no ovário não significa que a mulher tenha a Síndrome dos Ovários Policísticos porque os cistos podem sumir de um ciclo menstrual para o outro. Mas, se ela for portadora da SOP, os demais sintomas, como a resistência à insulina, que causou os cistos, não sumirão sem tratamento adequado, com a união multiprofissional”, explica.

Os principais sintomas da SOP são menstruação irregular, resistência à insulina, pelos pelo corpo (em locais pouco comuns), manchas escuras em regiões como pescoço, entre as coxas e axilas (acantose nigris), acne e até queda de cabelo. Não necessariamente, os sintomas aparecem ao mesmo tempo. “Apenas o ginecologista de Larissa Manoela, após verificar todos os seus exames e, principalmente, fazer uma avaliação clínica da paciente, poderá dizer se ela realmente tem a Síndrome dos Ovários Policísticos”, explica Dra. Mariana.

Já a endometriose é diagnosticada tanto clinicamente quanto por exames. A endometriose é uma doença inflamatória, que consiste na implantação das células do endométrio (camada que reveste o útero internamente) em outro lugar, fora do útero, como intestinos, bexiga, trompas, entre outros órgãos.

Entre os sintomas mais comuns da endometriose estão as cólicas, que vão de intensidade moderada a incapacitante no período menstrual. Também podem aparecer sangramento na urina e/ou nas fezes durante a menstruação (sintoma que serve de alerta para pesquisar a endometriose na bexiga ou no intestino); dor profunda na relação sexual (porque a endometriose pode atingir os ligamentos que fixam o útero à cavidade abdominal) e dor pélvica crônica. Em cada órgão atingido, os sintomas servirão como indícios.

O diagnóstico da endometriose é primeiramente clínico e precisa ser muito bem feito. Uma vez que a suspeita permaneça, alguns exames laboratoriais e de imagem podem ser pedidos para ajudar a visualizar as lesões, como ressonância magnética, ultrassom endovaginal e o marcador tumoral CA-125 – uma vez que ele mostra alterações nos casos confirmados e mais avançados da endometriose.

Mas ainda podem existir casos em que a lesão é tão pequena (algumas têm cerca de um milímetro), que nenhum exame conseguiria diagnosticar, exceto uma videolaparoscopia diagnóstica. Nesse exame, são feitos três furinhos na barriga para introduzir uma micro câmera, que verificará os focos de endometriose. A videolaparoscopia é considerada, atualmente, a forma mais eficiente para diagnosticar a doença.

Tratamentos

Existe uma forte relação entre a alimentação, o estilo de vida, a inflamação crônica e as doenças femininas. Apesar de essa ligação ser pouco explicada às mulheres, doenças como a endometriose e a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) podem ser evitadas, tratadas e até eliminadas com a mudança da alimentação e do estilo de vida. “Aliás, não adianta tratar desses problemas clinicamente, com medicação e intervenção cirúrgica, se a paciente não passar por um intenso processo de mudança comportamental”, explica a Dra. Mariana Rosario.

Segundo a especialista, para conhecer o processo de doenças como a endometriose e a SOP, primeiro é preciso entender o que é a inflamação crônica.

Além de não tratar a SOP, essa medicação camufla o problema e pode causar outras doenças, sendo perigosa”, alerta.

Para finalizar, Dra. Mariana Rosario aconselha: “Precisamos pensar em nossa saúde, consumindo menos glúten, lactose e açúcar. Não precisa tirar completamente esses itens do cardápio, mas reduzi-los consideravelmente faz bem ao corpo. Fazer substituições inteligentes, apostar em proteínas magras e saudáveis, carboidratos complexos, fibras, frutas, verduras e legumes e bastante água é o segredo da Longevidade. Há outros, claro, mas esse é um bom começo”, finaliza a médica.

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