quarta-feira , 4 dezembro 2024
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Goiânia sob nuvem de fumaça: Queimadas e frente fria transformam a cidade em ‘Cenário Apocalíptico’

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Imagem de Goiânia encoberta por uma densa nuvem de fumaça devido às queimadas e mudanças climáticas, criando um cenário de baixa visibilidade

Neste domingo (25), Goiânia foi surpreendida por uma densa nuvem de fumaça que tomou conta da cidade, transformando o cenário urbano em algo que muitos descreveram como “apocalíptico”. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), o fenômeno foi causado pela combinação de uma frente fria e o avanço de ventos que trouxeram a fumaça de queimadas ocorrendo no norte do país e também em várias regiões de Goiás.

André Amorim, gerente do Cimehgo, explicou que o deslocamento da frente fria ocorrido na madrugada alterou o fluxo dos ventos, espalhando rapidamente a fumaça pela capital. “Com o avanço da frente fria, o fluxo dos ventos empurrou e espalhou a fumaça das queimadas, tanto daqui quanto de outras regiões do Brasil”, afirmou.

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O fenômeno pegou os moradores de surpresa, com muitos relatando dificuldades para respirar e aumento da sujeira nas residências. A situação foi amplamente comentada nas redes sociais. “Gente, Goiânia está com cenário apocalíptico nesse domingo”, desabafou a psicóloga Jéssica Amorim no X (antigo Twitter). Outra usuária acrescentou: “Bom dia pra quem não dormiu em Goiânia porque a fumaça das queimadas não deixou”. A designer Ana Júlia Batista também reclamou: “Parece neblina, mas é fumaça. Aqui em Goiânia está insalubre respirar com esse tempo seco e queimadas.”

O impacto da fumaça foi tão intenso que a concessionária Triunfo Concebra, responsável pela administração da BR-153, emitiu um alerta aos motoristas, recomendando que reduzam a velocidade e mantenham distância segura dos veículos à frente devido à baixa visibilidade causada pela “neblina de fumaça”.

Queimadas em Alta em Goiás

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam a gravidade da situação: entre os dias 23 e 25 de agosto, Goiás registrou 203 focos de queimadas. Chapadão do Céu, no sudoeste do estado, concentrou 31,5% desses focos, seguido por Rio Verde (11,3%) e outras cidades como Mineiros, Morrinhos e Itajá. Essas regiões, caracterizadas por sua extensa vegetação e clima seco, estão sofrendo com a proliferação dos incêndios, que têm sido agravados pelas condições climáticas adversas.

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Com a seca se intensificando e as queimadas fora de controle, a previsão é de que o cenário em Goiânia permaneça crítico nos próximos dias, trazendo ainda mais complicações para a saúde da população e a segurança no trânsito.

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