sexta-feira , 19 abril 2024
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Jona Poeta reflete invisibilização de relações LGBTQTIAP+ em clipe

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Jona Poeta faz de sua música um livro aberto sobre questões pessoais, afetivas, mentais e emocionais. Esse é o mote do EP de estreia “Soltei”, que segue ganhando novas cores com o lançamento de clipes inéditos. Um dos destaques do trabalho, “Beijos Sem Sabor” recebe um vídeo com histórias de diferentes pessoas invisibilizadas ou marginalizadas afetivamente. O clipe celebra suas vivências e chega acompanhado de um curta documentário, “Amor no Sigilo”, com relatos de pessoas de diferentes marcadores excluídos afetivamente.

“Beijos Sem Sabor” foi inspirada por relacionamentos vividos pelo próprio Jona, um homem bissexual. Após se libertar de uma relação vivida em segredo, ele transformou seus questionamentos em música. Ao dar voz ao que ficou engasgado, o artista também abriu espaço para a importante pauta das relações deslegitimadas – seja pelo próprio parceiro, seja por uma sociedade preconceituosa.

Assista a “Beijos sem sabor”:

“Meu cansaço de ser amado no sigilo e de não ter meu afeto legitimado terminaram pondo um ponto final a essa relação. Estava claro que era uma decisão acertada, mas nós nos amávamos muito e nossas vidas começaram a se cruzar. Ao observá-lo com as mesmas travas e limitações, eu escrevi essa letra, que é uma lista de perguntas que eu teria feito a ele naquele momento, em um desejo de provocar reflexão”, relembra Jona.

No clipe de “Beijos Sem Sabor”, essa relação de não pertencimento a uma vida “oficial” do parceiro é retratada não apenas na história do artista, mas também nas experiências de pessoas de outros recortes de exclusão e deslegitimação de afeto.

“Essa circunstância ultrapassa as minhas vivências. As pessoas são excluídas e têm sua afetividade deslegitimada por questões de identidade de gênero, como retratamos no clipe de ‘Catarse’; por orientação sexual, como foi o meu caso; e por questões como gordofobia, racismo, capacitismo; e mesmo por autoproteção, se expandimos o olhar para outros países, onde ser uma pessoa LGBTQTIAP+ é um risco de vida ainda mais iminente do que no Brasil, onde um de nós é assassinado a cada 23 horas. No clipe, minha história é exposta e mesclada com a história de outras pessoas que vivem essa mesma dor e no final todes nos empoderamos para desapegar de quem nunca mereceu nosso afeto”, resume.

Assista ao clipe “Catarse”:

Dos estudos para a construção do roteiro do clipe veio a necessidade de expandir esse olhar. Surgiu assim o documentário “Amor no Sigilo”, com depoimentos de

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