Na última semana, o assunto de maior destaque no X (antigo Twitter) foi a associação do medicamento Ozempic à notável redução de peso da cantora Maiara, que faz dupla com Maraísa. Nas redes digitais, a cantora creditou sua perda de peso a alterações em sua dieta e ao aumento da frequência de seus exercícios físicos, sem fazer menção ao uso de qualquer substância medicamentosa.
O uso de medicamentos inibidores de apetite tem se tornado um tópico de intenso debate e especulação, especialmente em meio a notícias envolvendo celebridades e suas jornadas de perda de peso. Entre os medicamentos mais comentados estão Ozempic, Wegovy e o mais recente, Mounjaro. Estes medicamentos, originalmente desenvolvidos para o tratamento de condições específicas, como o diabetes tipo 2, têm sido utilizados off-label para auxiliar na perda de peso. É importante, contudo, que se entenda tanto os potenciais benefícios quanto os riscos associados ao uso desses medicamentos.
Ozempic (semaglutida) e Wegovy, uma versão de maior dosagem da mesma substância, atuam imitando um hormônio intestinal que regula o apetite e a ingestão de alimentos, levando a uma sensação de saciedade. Mounjaro (tirzepatida), por sua vez, é um medicamento que combina a ação de dois hormônios para aumentar ainda mais esses efeitos.
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O médico nutrólogo, Dr. Ronan Araujo, destaca que esta dualidade de ação não só potencializa a eficácia da tirzepatida na redução do peso corporal, mas também traz benefícios significativos no controle glicêmico, tornando-a uma opção promissora para pacientes com diabetes tipo 2. Diferentemente de outros medicamentos que atuam por meio de um único mecanismo hormonal, o Mounjaro oferece uma abordagem mais abrangente, impactando várias vias metabólicas simultaneamente. Embora esses medicamentos possam ser eficazes na perda de peso, seu uso deve ser cuidadosamente considerado e monitorado por profissionais de saúde.
É fundamental ressaltar que o emagrecimento saudável e sustentável é melhor alcançado por meio de uma abordagem multidisciplinar, que inclui mudanças na dieta, aumento da atividade física e, em alguns casos, apoio psicológico. Os medicamentos devem ser vistos como ferramentas adicionais, e não substitutas, para essas mudanças de estilo de vida.
A popularização do uso desses medicamentos entre celebridades levanta preocupações. Primeiramente, existe o risco de que o público geral perceba esses medicamentos como soluções rápidas ou fáceis para perda de peso, desconsiderando os potenciais efeitos colaterais e a importância de um acompanhamento médico rigoroso.
Além disso, o foco excessivo na perda de peso e na aparência física pode contribuir para a perpetuação de padrões de beleza inatingíveis e prejudiciais, influenciando negativamente a saúde mental e física de indivíduos vulneráveis. É crucial que a conversa em torno do uso desses medicamentos seja equilibrada, destacando a necessidade de uma abordagem integrada à saúde e bem-estar.
“Profissionais de saúde, desempenham um papel vital na orientação de seus pacientes sobre o uso seguro e eficaz de medicamentos para perda de peso. Eles devem avaliar cuidadosamente cada caso, considerando o histórico médico do paciente, seus objetivos de saúde e possíveis contraindicações ao uso desses medicamentos. Além disso, é essencial que se promova uma visão de saúde que vá além da perda de peso, focando em hábitos de vida saudáveis, equilíbrio emocional e bem-estar geral.”. Conclui o Dr. Ronan Araujo.
Posicionamento sobre uso off-label de Ozempic®:
A Novo Nordisk, empresa líder global em saúde, esclarece que Ozempic® foi aprovado pelas autoridades sanitárias para tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado. A farmacêutica não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off-label de seus medicamentos, ou seja, em desacordo com a bula, e tampouco a automedicação.
Ozempic®, aprovado e comercializado no Brasil para o tratamento do diabetes tipo 2, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para o tratamento de obesidade. O medicamento foi aprovado pelas autoridades regulatórias do Brasil em agosto de 2018 e comercializado desde o primeiro semestre de 2019.
Novo Nordisk é uma empresa líder global em saúde, fundada em 1923 e com sede na Dinamarca. Nosso propósito é impulsionar mudanças para derrotar doenças crônicas graves, inspirados pela nossa história centenária relacionada ao diabetes. Fazemos isso sendo pioneiros em descobertas científicas, expandindo acesso aos nossos medicamentos e trabalhando para prevenir e, até mesmo, curar doenças. A Novo Nordisk emprega mais de 64 mil pessoas em 80 países e comercializa seus produtos em cerca de 170 nações. No Brasil desde 1990, a empresa conta atualmente com mais de 2 mil funcionários. Está presente em três estados, com um escritório administrativo em São Paulo (SP), um centro de distribuição em São José dos Pinhais (PR) e um site produtivo em Montes Claros (MG), reconhecido como a maior fábrica de insulinas do Brasil e América Latina. Para mais informações, visite www.novonordisk.com.br e siga nossos perfis oficiais nas redes sociais Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube.