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Duna é um dos filmes do ano, mas não é para todos; saiba porquê

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A Warner Bros lançou nos cinemas e na HBO Max um de seus filmes mais esperados, mas além do fato de estar arrecadando muito dinheiro e recebendo ótimas críticas, não é uma produção que todos possam apreciar.

Duna é a aposta da Warner para lançar uma nova franquia épica de ficção científica no estilo de Star Wars ou O Senhor dos Anéis. É por isso que temos um diretor renomado como Denis Villeneuve e um elenco impressionante com Timothée Chalamet, Oscar Isaac, Jason Momoa, Zendaya, Javier Bardem e Josh Brolin, entre outros.

No entanto, o filme está à altura dessas franquias? A resposta é não. Nem mesmo perto. Duna fez um trabalho decente ao explicar as regras deste universo, mas não o suficiente. Na verdade, é um pouco difícil entender se você não sabe algo sobre os livros. É uma história interessante, mas muitas coisas acontecem ao mesmo tempo, tem muitas arestas e a pessoa pode acabar se perdendo, principalmente se for o primeiro encontro com este mundo.

Duna é uma série de livros criada por Frank Herbert e apresenta um universo distópico localizado há milhares de anos no futuro. As tramas recriam completamente o mundo que conhecemos, apresentando um cenário social, político, econômico e religioso articulado por um Império que teme o surgimento de um líder messiânico no planeta Arrakis, um lugar fundamental porque ali se encontra uma substância, altamente viciante que é intercalado com areia. A especiaria fornece a habilidade de ver futuros possíveis e a habilidade de escolher um desses futuros com base nas ações que são tomadas, e é por isso que é tão valioso.

Esse é o centro da história, bastante semelhante ao universo de Star Wars, certo? Exceto pela questão das especiarias. Então devemos entender também que existem Casas, como no GOT, famílias nobres possuindo um ou mais planetas, que são administradas de forma feudal.

Por outro lado, também temos várias escolas de pensamento, entre elas as Bene Gesserit, que são orientadas para o aprimoramento da raça humana selecionando os espécimes mais aptos, na esperança de criar aquele escolhido com poderes equivalentes a eles, chamando-o de Kwisatz Haderach.

Há tantos enredos se desenrolando ao mesmo tempo, tantas coisas se movendo, que a gente fica confuso. O que é uma surpresa, já que durou quase três horas e o estúdio decidiu dividir a franquia em duas partes (ou talvez três).

Outro grande problema do filme é que é estrelado por Timothée Chalamet, que amamos, mas todos os outros atores são mais carismáticos do que ele. O personagem principal acaba sendo coberto pelas grandes atuações do elenco e isso não pode acontecer. O filme faz-nos querer conhecer as histórias dos personagens Jason Momoa, Oscar Isaac e Javier Bardem, mas não tanto a de Chalamet , apesar de o filme se centrar inteiramente nele.

A estrutura do filme é a jornada do herói clássico, mas parece muito incompleta no final, não há nenhuma cena final chocante ou gancho. O filme tem um ritmo muito lento e esperamos que no final sejamos recompensados ​​por esperar, mas isso não acontece. É compreensível porque está faltando uma parte, mas ao mesmo tempo isso nunca aconteceu com Vingadores: Guerra Infinita, Senhor dos Anéis, Star Wars ou Harry Potter. A conclusão da produção é tão abrupta que nos deixa surpresos.

Além disso, o filme é lindo e completamente diferente de outras produções de ficção científica. Denis Villeneuve é um mestre nisso. Vale muito a pena ir ao cinema para ver só por este ponto, é uma experiência única.

Duna também tem ótimas performances, como mencionamos antes, e nos apresenta um universo superinteressante. O tempo todo, sentimos que algo grande está para acontecer. Este último ponto é o que nos garante que a sequência pode ser impressionante. Com certeza Denis Villeneuve tem algo magnífico preparado para encerrar a história, caso contrário o final que nos deram não faria sentido. Se a segunda parte de Duna pisa no acelerador, ganha ritmo e se aprofunda com o épico, a guerra e as habilidades de seus protagonistas, estaremos na presença de um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos.

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