O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou o procedimento de colocação de prótese no quadril e realizou uma cirurgia de blefaroplastia, que consiste na remoção do excesso de pele nas pálpebras. Apesar da complexidade do primeiro, a blefaroplastia é menos invasiva e mais comum do que se imagina.
Antonio Pitanguy, cirurgião plástico especializado em cirurgia da face, afirma que o procedimento é bastante usual e tem função reparadora e estética. “É uma cirurgia simples e pouco invasiva, que busca a correção do excesso ou mal posicionamento dos tecidos palpebrais”, explica ele. “A técnica tem caráter funcional, já que a pele em excesso na região pode atrapalhar o campo visual do paciente. Além disso, o procedimento ajuda a ‘levantar’ os olhos, eliminando rugas e flacidez, dando assim um aspecto mais jovem à face.
O procedimento realizado pelo presidente não é incomum no Brasil. De acordo com dados da pesquisa realizada pela Sociedade Internacional da Cirurgia Plástica em 2022, o país está no primeiro lugar da classificação mundial de cirurgias realizadas no rosto, com cerca de 483.800 procedimentos. De acordo com Pitanguy, a motivação é cada vez mais a busca pela boa autoestima e do aspecto jovial.
A cirurgia é indicada quando o excesso de pele dificulta a visão e quando há o surgimento de bolsas de gordura nas pálpebras inferiores. A faixa etária que mais recorre à blefaroplastia é acima dos 40 anos, mas este não é um procedimento exclusivo para pessoas mais velhas.
“Apesar das mudanças na região dos olhos, geralmente serem interpretadas como sinais de envelhecimento precoce, bolsas de gordura nas pálpebras inferiores muitas vezes mostram-se presentes em pacientes jovens”, afirma Pitanguy. O procedimento cirúrgico mais frequente entre os pacientes é o tratamento do blefarocalásio (excesso de tecido nas pálpebras) e excesso e/ou herniação das bolsas de gordura.
O pós-operatório da cirurgia nas pálpebras costuma ser tranquilo. Pode incluir dores e inchaços na região para o paciente, mas estes são administráveis com remédios e em poucos dias. Já o resultado 100% do procedimento, pode demorar alguns meses.
“O mais indicado é sempre recorrer a um cirurgião de referência na área que te auxilie durante o processo, além de ter plena capacidade de oferecer apoio durante a recuperação. A escolha de um profissional competente é uma medida que diminui a chance de complicações em qualquer cirurgia”, diz o médico.