Na novela das seis Amor Perfeito, idealizadas por Duca Rachid, Júlio Fisher e Elisio Lopes Jr., a atriz Mariana Ximenes brilha, como era de se esperar. Seu talento inegável sempre se destaca em qualquer produção em que atua.
No entanto, ao se analisar mais profundamente o enredo de Amor Perfeito, surgem questões intrigantes. O ódio intenso da personagem Gilda por Marê (Camila Queiroz) não parece ter uma base sólida ou um desenvolvimento coerente. Esse sentimento, que motiva todas as ações de Gilda desde o início da trama, carece de uma explicação mais profunda.
Surpreendentemente, o ódio de Gilda cresce mesmo quando enfrenta poucos contra-ataques. Além disso, sua súbita intimidação por Orlando e a possibilidade de situações humilhantes atraem a atenção do público.
É crucial destacar que Gilda é retratada como uma personagem inteligente, apesar de sua cegueira causada pela raiva em relação à protagonista. No entanto, é surpreendente que ela não tenha considerado as implicações financeiras de seu casamento, mesmo com a separação de bens.
É profundamente lamentável que o cerne da narrativa esteja essencialmente centrado no ódio inexplicável que Gilda nutre por sua enteada, Marê, levando-a a se submeter a situações humilhantes em busca de vingança, como se sua existência dependesse de conquistar a atenção e o afeto do homem que ambas desejam. Essa abordagem reforça estereótipos prejudiciais de mulheres em competição, obscurecendo a oportunidade de explorar a complexidade das personagens de forma mais profunda e enriquecedora.
“Amor Perfeito” não se enquadra como um romance barato e mantém uma base de fãs sólida. No entanto, o enredo geral deixa a desejar em vários aspectos.