A novela de 1973, que marcou a história como o primeiro folhetim em cores do Brasil e o primeiro a ser comercializado internacionalmente pela Globo, estreia no Globoplay nesta segunda-feira, dia 15, como parte do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia. Apesar dos quase 50 anos desde sua exibição original e dos muitos avanços tecnológicos que a televisão vivenciou, ‘O Bem-Amado’ segue como uma obra atemporal.
Escrita por Dias Gomes, a trama começa com o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), que se candidata a prefeito de Sucupira e se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”. O problema é que ninguém morre para que a obra seja inaugurada. Por isso, o prefeito resolve consentir a volta do matador Zeca Diabo (Lima) à cidade com a garantia de que ele não será preso. A esperança é que ele lhe arranje um defunto.
O prefeito só não esperava que Zeca Diabo voltaria a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto. Odorico tem como aliadas as irmãs Cajazeiras – Dorotéia (Ida Gomes), Dulcineia (Dorinha Duval) e Judicéia (Dirce Migliaccio), que mantêm relacionamentos amorosos com o prefeito sem desconfiarem umas das outras – e Dirceu Borboleta (Emiliano Queiroz), seu fiel secretário pessoal.
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A história marcou o início da década de 70 com uma sátira política ao coronelismo da época e à ditadura militar. Prova disso é que O Bem Amado estreou em janeiro de 1973 e cinco meses depois, a censura proibiu a utilização na novela das palavras ‘coronel’, ‘capitão’, ‘ódio’ e ‘vingança’, fazendo com que a produção apagasse o áudio de vários capítulos já gravados.